Mulheres fazendo Teologia na África

As 10 teólogas africanas que você precisa conhecer

Por Yenny Delgado e Aline Frutuoso

Nos estudos teológicos contemporâneos, a voz e o impacto das teólogas africanas têm sido fundamentais na redefinição de paradigmas religiosos e éticos em todo o mundo. Suas contribuições não apenas enriquecem a teologia com perspectivas historicamente marginalizadas, mas também desafiam e transformam as estruturas de poder dentro das comunidades de fé.

O trabalho teológico das mulheres visibiliza e denuncia, bem como investiga e ensina em favor da justiça social para compreender as intersecções entre práticas espirituais, construções de gênero, sexo, etnia e justiça social, que se entrelaçam para aprofundar e enriquecer a reflexão teológica das mulheres.

A seguir, apresentamos as 10 teólogas africanas mais inspiradoras. Cada uma delas não apenas ampliam o cânon teológico, como também motivam e capacitam a uma nova geração de acadêmicas e crentes a pensar criticamente sobre o fazer teológico das mulheres no seio da igreja e da sociedade.

  1. Mercy Amba Oduyoye (Gana)

Mercy Amba Oduyoye, nascida em Gana em 1933, é uma acadêmica, teóloga e ativista conhecida como a “mãe das teologias das mulheres africanas”. Foi educada nas escolas metodistas e depois estudou na Faculdade de Tecnologia Kumasi. Fez seu mestrado em Teologia Sagrada na Universidade de Cambridge. Oduyoye foi a primeira mulher na África a ter um título universitário em Teologia e com esta formação ensinou em diversas universidades na África, como Cidade do Cabo e Nairobi. Além disso, foi professora visitante na Universidade de Gana e em instituições nos Países Baixos, África do Sul e Estados Unidos.

Éfundadora do Círculo de Teólogas Africanas e diretora fundadora do Instituto de Mulheres na Religião e Cultura do Seminário Teológico Trinity em Legon, Gana. Alcançou avanços significativos nas discussões teológicas e éticas contemporâneas. Mercy, é uma teóloga influente na compreensão da espiritualidade africana e na defesa dos direitos das mulheres.

Publicações:

 “Contas e fios: reflexões de uma mulher africana sobre o cristianismo na África.”.

  1. Musa W. Dube (Botsuana)

Musa W. Dube é uma acadêmica, teóloga e ativista de Botsuana. Ela obteve seu doutorado em Novo Testamento pela Vanderbilt University em Nashville, Estados Unidos. Musa é professora de Novo Testamento na Universidade do Botswana e é amplamente reconhecida pelas suas contribuições à teologia feminista e pós-colonial. O seu trabalho sobre a interpretação bíblica a partir de uma perspectiva africana tem sido influente em ambientes acadêmicos e práticos. Ela é a coordenadora geral do Círculo de Teólogos Africanas Preocupadas. As suas contribuições para a descolonização da teologia e a sua defesa da justiça de gênero fizeram avanços significativos nas discussões teológicas e éticas contemporâneas. Vencedora do Prêmio Gutenberg Ensino (2017) da Universidade Gutenberg, Alemanha.

Musa trabalha arduamente e consistentemente na intersecção de gênero, raça, etnia e ideologia colonial e no seu impacto na produção e uso de textos bíblicos na história. Explorou formas de ler a Bíblia para uma resposta eficaz no contexto do VIH/SIDA, integrando o género e desafiando as instituições teológicas a reverem o seu currículo. Ele é um membro ativo da Igreja Metodista Unida e da Sociedade de Literatura Bíblica.

Publicações:

“Interpretação Feminista Pós-colonial da Bíblia.” (Chalice Press, 2000)

“A Bíblia sobre HIV e AIDS: alguns ensaios selecionados.” (Scranton Press, 2008)

3. Isabel Apawo Phiri (Malauí)

Isabel Apawo Phiri é uma acadêmica, teóloga e ativista do Malawi. Obteve seu doutorado em Teologia pela Universidade de Cambridge, Reino Unido. Phiri é conhecida pelo seu trabalho em teologia feminista africana, estudos de gênero e justiça social no contexto africano. Ela trabalhou em diversas instituições acadêmicas e é amplamente reconhecida por suas contribuições à teologia e à defesa dos direitos das mulheres.

Ela é Secretária Geral Adjunta para Testemunho Público e Diaconia do Conselho Mundial de Igrejas. Professora de Teologia Africana e Reitora da Escola de Religião, Filosofia e Clássicos da Universidade de KwaZulu-Natal. Isabel é uma figura proeminente na teologia africana contemporânea e o seu trabalho tem sido fundamental para o avanço das discussões sobre gênero e religião na África.

Publicações:

“Mulheres africanas, religião e saúde: ensaios em homenagem à misericórdia” (Coeditora).

  1. Musimbi Kanyoro (Quênia)

Musimbi Kanyoro é um acadêmico, teólogo e ativista queniano. Ela obteve seu doutorado em Teologia Feminista pelo San Francisco Theological Seminary, Estados Unidos. Musimbi é reconhecida pelas suas contribuições significativas para a teologia feminista africana e pelo seu trabalho incansável na defesa dos direitos das mulheres e da justiça social. Ocupou posições de liderança em diversas organizações internacionais e continua a ser uma voz influente no campo da teologia e dos estudos de gênero.

Ela foi diretora executiva da Associação Cristã Mundial de Jovens Mulheres (YWCA) e secretária geral da Federação Luterana Mundial por vários anos. Ela tem sido uma figura chave na promoção da justiça de género e dos direitos das mulheres em contextos religiosos e seculares. Seu trabalho abordou questões críticas como saúde, direitos reprodutivos e empoderamento das mulheres.

Publicações:

“Apresentando a Hermenêutica Cultural Feminista: Uma Perspectiva Africana.”

  1. Oluwatomisin Olayinka Oredein (Nigéria)

Oluwatomisin Olayinka Oredein é uma acadêmica e teóloga nigeriana. Ela obteve seu doutorado em Teologia e Estudos de Gênero pela Duke University, Estados Unidos. Oredein é reconhecida pelas suas contribuições para a teologia feminista africana e pelo seu trabalho na intersecção de género, raça e religião em contextos africanos e diaspóricos. Ele lecionou em diversas instituições acadêmicas e é uma voz respeitada nos estudos teológicos contemporâneos.

Vencedora inaugural do Prêmio Notre Dame de Imprensa pelo seu livro: “A Teologia da Misericórdia Amba Oduyoye: Ecumenismo, Feminismo e Prática Comunal”. Recebeu o prêmio Louise Clark Brittan Endowed Docente de Excelência no Ensino. Ela abordou criticamente a teologia a partir de perspectivas mulheristas e pós-coloniais. Seu trabalho influenciou a compreensão de como as identidades raciais e de gênero afetam as práticas religiosas e teológicas.

Publicações:

“Teopoética em cores: abordagens incorporadas no discurso teológico”.

  1. Léocadie Lushombo (Congo)

Léocadie Lushombo é uma teóloga consagrada, membro da Instituição Teresiana. Ela obteve seu doutorado em Ética Teológica pelo Boston College, Estados Unidos, e possui vários mestrados em ética teológica, desenvolvimento sustentável e economia e desenvolvimento. A sua principal área de investigação é a ética cristã, com foco na teologia política, teologia descolonial e da libertação, economia católica e pensamento social, ética teológica africana e inculturação, não-violência e ética da paz justa. É consultora e formadora em questões de justiça, paz e gênero na África Central e em Abya Yala.

Publicações:

“Uma Ética Cristã e Africana da Participação Política das Mulheres: Vivendo como Seres Ressuscitados” (2023).

“Teologias das Mulheres Africanas” (2023).

  1. Kate Coleman (Gana)

Kate Coleman é teóloga e ministra. Ela nasceu em Gana e mudou-se para a Inglaterra, onde se tornou a primeira mulher africana a ser ministra batista credenciada e ordenada. Mais tarde, tornou-se a primeira mulher africana presidente da União Baptista (2006-2007).

Ele fundou a Next Leadership, uma organização dedicada ao desenvolvimento de liderança em diversas áreas e especialmente na igreja. Em 2017, ela foi reconhecida como uma das 20 líderes negras cristãs mais influentes do Reino Unido.

Publicações:

“7 pecados capitais das mulheres na liderança” (2010).

  1. Elizabeth W. Mburu (Quênia)

Elizabeth W. Mburu é uma teóloga queniana que ensina Novo Testamento e Grego na Internationale Leadership University, na África internacional University e na Pan África Christian University em Nairobi. Ele obteve um Mestrado em Divindade pela Escola Internacional de Teologia de Nairobi e um Mestrado em Teologia Sagrada pelo Seminário Batista do Noroeste. Concluiu seu doutorado em Novo Testamento no Southeastern Baptist Theological Seminary, nos Estados Unidos.

Atualmente é professora de Novo Testamento e Grego em diversas universidades de Nairóbi.

Publicações:

“Hermenêutica africana” (2019)

“Qumran e as origens da língua e simbolismo joaninos” (2010).

  1. Loreen Maseno. (Quênia)

Loreen Maseno obteve seu doutorado pela Universidade de Oslo, Noruega, em um programa acadêmico interdisciplinar que abrange estudos de parentesco, teologia e gênero. A sua investigação de pós-graduação concentrou-se em estudos etnográficos entre o povo Abanyole da zona rural do oeste do Quênia.

Ao regressar ao Quênia, se deparou com um acesso limitado às bases de dados online, mas o programa HRAF Global Scholars deu-lhe acesso a um extenso repositório de informação etnográfica e arqueológica, que utiliza para citações em publicações de investigação e para ministrar cursos de pós-graduação. Ela é professora sênior do Departamento de Religião, Teologia e Filosofia da Universidade Maseno.

Publicações:

“Mulheres nas religiões: patriarcado, feminismo e o papel das mulheres em religiões mundiais selecionadas” Oregón, EE. UU.: Wipf y Stock (2019).

  1. Teresa Okure (Nigeria)

Teresa Okure é uma freira católica nigeriana e a primeira africana a tornar-se membro da Companhia do Santo Menino Jesus. Ela é professora residente no Departamento de Teologia Bíblica do Instituto Católico da África Ocidental em Port Harcourt, Nigéria, onde leciona Novo Testamento e Hermenêutica de Gênero desde 1999. Ela obteve seu doutorado na Universidade Fordham e foi mencionada como possível candidata. para a nomeação de cardeal pelo Papa Francisco em 2013.

Reitora Acadêmica e Reitora de Assuntos Estudantis do Instituto Católico da África Ocidental. Membro de diversas associações teológicas e bíblicas nacionais e internacionais. Presidente Fundador da Associação Bíblica Católica da Nigéria. Estudioso bíblico reconhecido com inúmeras conferências proferidas.

Publicações:

Ela é coeditora da série de comentários bíblicos Texts @ Contexts (2010-) y Global Bible Commentary (2004).

___________________

Aline Frutuoso

Economista e teóloga brasileira. Doutoranda em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Membro do Movimento Evangélico Negro e da Rede Teomulher. Ela escreve sobre teologia feminista negra, mulherismo e descolonização.

Yenny Delgado

Psicóloga e teóloga peruana. É doutoranda em Psicologia da Religião na Universidade de Lausanne. É a organizadora do Mulheres Fazendo Teologia em Abya Yala e diretora da Publica Theology. Ela desempenha um papel fundamental na promoção de diálogos que amplificam as vozes das mulheres e promovem a reflexão mulheristas e descolonial.

Mujeres Haciendo Teología en África

Las 10 teólogas africanas que debes conocer

Por Yenny Delgado y Aline Frutuoso

En los estudios teológicos contemporáneos, la voz y el impacto de las teólogas africanas han sido fundamentales en la redefinición de paradigmas religiosos y éticos en todo el mundo. Sus contribuciones no solo enriquecen la teología con perspectivas históricamente marginadas, sino que también desafían y transforman las estructuras de poder dentro de las comunidades de fe.

El trabajo teológico de las mujeres visibiliza y denuncia, así como investiga y enseña en favor de la justicia social para comprender las intersecciones entre prácticas espirituales, construcciones de género, sexo, etnicidad y justicia social, que se entrelazan para profundizar y enriquecer la reflexión teológico de las mujeres.

A continuación, les presentamos a las 10 teólogas africanas más inspiradoras. Cada una de ellas no solo amplía el canon teológico, sino que también motivan y capacitan a una nueva generación de académicas y creyentes a pensar críticamente sobre el quehacer teológico de las mujeres en el corazón de la iglesia y sociedad.

  1. Mercy Amba Oduyoye (Ghana)

Mercy Amba Oduyoye, nacida en Ghana en 1933, es una académica, teóloga y activista conocida como la “madre de las teologías de las mujeres africanas”. Fue educada en las escuelas metodistas y luego cursó estudios en la Facultad de Tecnología Kumasi. Obtuvo su maestría en Teología Sagrada de la Universidad de Cambridge. Oduyoye ha sido la primera mujer en África en obtener un título universitario en Teología y con esta formación enseñó en diversas universidades en África, como Ciudad del Cabo y Nairobi. Además, ha sido profesora visitante en la Universidad de Ghana y en instituciones en los Países Bajos, Sudáfrica y Estados Unidos.

Es fundadora del Círculo de Teólogas Africanas y directora fundadora del Instituto de Mujeres en Religión y Cultura del Seminario Teológico Trinity en Legon, Ghana. Ha logrado avances significativos en las discusiones teológicas y éticas contemporáneas. Mercy, es una teóloga influyente en la comprensión de la espiritualidad africana y la defensa de los derechos de las mujeres.

Publicaciones:

 “Cuentas e hilos: reflexiones de una mujer africana sobre el cristianismo en África”.

  1. Musa W. Dube (Botsuana)

Musa W. Dube es una académica, teóloga y activista de Botsuana. Obtuvo su doctorado en Nuevo Testamento de la Universidad de Vanderbilt en Nashville, Estados Unidos. Musa es profesora de Nuevo Testamento en la Universidad de Botsuana y es ampliamente reconocida por sus contribuciones a la teología feminista y poscolonial. Su trabajo sobre la interpretación bíblica desde una perspectiva africana ha sido influyente en entornos académicos y prácticos. Es la coordinadora general del Círculo de Teólogas Africanas Preocupadas. Sus contribuciones a la descolonización de la teología y su defensa de la justicia de género han logrado avances significativos en las discusiones teológicas y éticas contemporáneas. Ganadora del Premio Gutenberg de Ensino (2017) de la Universidad de Gutenberg, Alemania.

Musa tiene una labor ardua y consistentemente en la intersección de género, raza, etnia e ideología colonial y su impacto en la producción y uso de textos bíblicos en la historia. Exploró formas de leer la Biblia para una respuesta eficaz en el contexto del VIH/SIDA, integrando el género y desafiando las instituciones teológicas a revisar su currículo. Es miembro activo de la Iglesia Metodista Unida y de la Sociedad de Literatura Bíblica.

Publicaciones:

“Interpretación feminista poscolonial de la Biblia”. (Chalice Press, 2000)

“La Biblia sobre el VIH y el SIDA: algunos ensayos seleccionados”. (Scranton Press, 2008)

3. Isabel Apawo Phiri (Malauí)

Isabel Apawo Phiri es una académica, teóloga y activista malauí. Obtuvo su doctorado en Teología de la Universidad de Cambridge, Reino Unido. Phiri es conocida por su trabajo en teología feminista africana, estudios de género y justicia social en el contexto africano. Ha trabajado en diversas instituciones académicas y es ampliamente reconocida por sus contribuciones a la teología y su defensa de los derechos de las mujeres.

Es Secretaria General Adjunta para Testimonio Público y Diaconía por el Consejo Mundial de Iglesias. Profesora de Teología Africana y decana de la Escuela de Religión, Filosofía y Clásicos de la Universidad de KwaZulu-Natal. Isabel es una figura prominente en la teología africana contemporánea, y su trabajo ha sido fundamental para avanzar en las discusiones sobre género y religión en África.

Publicaciones:

“Mujeres africanas, religión y salud: ensayos en honor a la misericordia” (Coeditora).

  1. Musimbi Kanyoro (Kenia)

Musimbi Kanyoro es una académica, teóloga y activista keniana. Obtuvo su doctorado en Teología Feminista en el Seminario Teológico de San Francisco, Estados Unidos. Musimbi es reconocida por sus importantes contribuciones a la teología feminista africana y por su incansable trabajo en defensa de los derechos de las mujeres y la justicia social. Ha ocupado cargos de liderazgo en varias organizaciones internacionales y sigue siendo una voz influyente en el campo de la teología y los estudios de género.

Fue directora ejecutiva de la Asociación Mundial de Mujeres Jóvenes Cristianas (YWCA) y, secretaria general de la Federación Luterana Mundial por varios años. Ha sido una figura clave en la promoción de la justicia de género y los derechos de las mujeres tanto en contextos religiosos como seculares. Su trabajo ha abordado temas críticos como la salud, los derechos reproductivos y el empoderamiento de las mujeres

Publicaciones:

“Presentación de la hermenéutica cultural feminista: una perspectiva africana”.

  1. Oluwatomisin Olayinka Oredein (Nigeria)

Oluwatomisin Olayinka Oredein es una académica y teóloga nigeriana. Obtuvo su doctorado en Teología y Estudios de Género en la Universidad de Duke, Estados Unidos. Oredein es reconocida por sus contribuciones a la teología feminista africana y por su trabajo en la intersección de género, raza y religión en contextos africanos y diaspóricos. Ha enseñado en varias instituciones académicas y es una voz respetada en los estudios teológicos contemporáneos.

Ganadora inaugural del Premio Notre Dame Press por su libro: “A Teologia da Misericordia Amba Oduyoye: Ecumenismo, Feminismo e Práctica Comunal”. Recibió el premio Louise Clark Brittan Endowed Docente de Excelencia en Ensino. Ha abordado críticamente la teología desde perspectivas mujerista y poscoloniales. Su trabajo ha influenciado la comprensión de cómo las identidades de género y raciales afectan las prácticas religiosas y teológicas

Publicaciones:

“Teo poética en color: enfoques incorporados en el discurso teológico”.

6. Léocadie Lushombo (Congo)

Léocadie Lushombo es una teóloga consagrada, miembro de la Institución Teresiana. Obtuvo su Doctorado en Ética Teológica en Boston College, Estados Unidos, y posee varias maestrías en ética teológica, desarrollo sostenible, y economía y desarrollo. Su área de investigación principal es la ética cristiana, con un enfoque en teología política, teología decolonial y de la liberación, economía y pensamiento social católico, ética teológica africana e inculturación, no violencia y ética de la paz justa. Es consultora y formadora en temas de justicia, paz y género en África Central y Abya Yala.

Publicaciones:

Una ética cristiana y africana de la participación política de las mujeres: vivir como seres resucitados” (2023).

“Teologías de las mujeres africanas” (2023).

7. Kate Coleman (Ghana)

Kate Coleman es teóloga y ministra. Nació en Ghana y se trasladó a Inglaterra, donde se convirtió en la primera mujer africana en ser ministra bautista acreditada y ser ordenada. Más tarde, se convirtió en la primera mujer africana presidenta de la Unión Bautista (2006-2007).

Fundó Next Leadership, una organización dedicada a desarrollar el liderazgo en diversos ámbitos y sobre todo en la iglesia. En 2017 fue reconocida como una de las 20 mujeres líderes cristianas negras más influyentes del Reino Unido.

Publicaciones:

“7 pecados capitales de las mujeres en el liderazgo” (2010).

8. Elizabeth W. Mburu (Kenia)

Elizabeth W. Mburu es una teóloga keniana que ejerce como profesora de Nuevo Testamento y griego en la International Leadership University, África International University y Pan África Christian University en Nairobi. Obtuvo una Maestría en Divinidad de la Escuela Internacional de Teología de Nairobi y una Maestría en Teología Sagrada del Seminario Bautista del Noroeste. Completó su doctorado en Nuevo Testamento en el Southeastern Baptist Theological Seminary en los Estados Unidos.

Actualmente es profesora de Nuevo Testamento y griego en varias universidades de Nairobi.

Publicaciones:

“Hermenéutica africana” (2019)

“Qumran y los orígenes del lenguaje y el simbolismo juaninos” (2010).

9. Loreen Maseno. (Kenia)

Loreen Maseno obtuvo su doctorado de la Universidad de Oslo, Noruega, en un programa académico interdisciplinario que cubre estudios de parentesco, teología y género. Su investigación de posgrado se centró en estudios etnográficos entre el pueblo Abanyole de la zona rural del oeste de Kenia.

Tras su regreso a Kenia, se enfrentó a un acceso limitado a bases de datos en línea, pero el programa HRAF Global Scholars le brindó acceso a un extenso depósito de información etnográfica y arqueológica, el cual utiliza para citas en publicaciones de investigación y para impartir cursos de posgrado. Es profesora titular del Departamento de Religión, Teología y Filosofía de la Universidad de Maseno.

Publicaciones:

“Mujeres dentro de las religiones: patriarcado, feminismo y el papel de mujeres en religiones mundiales seleccionadas”  (2019).

10. Teresa Okure (Nigeria)

Teresa Okure es una monja católica nigeriana y la primera africana en convertirse en miembro de la Compañía del Santo Niño Jesús. Es profesora residente del Departamento de Teología Bíblica del Instituto Católico de África Occidental en Port Harcourt, Nigeria, donde enseña Nuevo Testamento y Hermenéutica de Género desde 1999. Obtuvo su doctorado en la Universidad de Fordham y fue mencionada como posible candidata para el nombramiento de cardenal por el Papa Francisco en 2013.

Decana académica y decana de asuntos estudiantiles en el Instituto Católico de África Occidental. Miembro de varias asociaciones teológicas y bíblicas nacionales e internacionales. Presidenta fundadora de la Asociación Bíblica Católica de Nigeria. Reconocida biblista con numerosas conferencias impartidas.

Publicaciones:

Es Coeditora de la serie de comentarios bíblicos “Texts @ Contexts” (2010-) y “Global Bible Commentary” (2004).

__________________

Aline Frutuoso

Economista y teóloga brasileña. Estudiante de Doctorado en Ciencias Religiosas en la Pontificia Universidad Católica de São Paulo. Miembro del Movimiento Evangélico Negro y de la Red Teomulher. Escribe sobre teología feminista negra, mujerismo y descolonización.

Yenny Delgado

Psicóloga y teóloga peruana. Es candidata doctoral en Psicología de la Religión en la Universidad de Lausana. Es convocante de Mujeres Haciendo Teología en Abya Yala y directora de Publica Theology. Escribe sobre teología publica, mujerismo y feminismo descolonial.

Mujeres haciendo teología en Asia

Las teólogas han reconocido desde hace mucho tiempo la necesidad de resaltar las experiencias de las mujeres y garantizar que sus voces sean escuchadas. Exponen las inconsistencias entre las enseñanzas sociales y eclesiásticas sobre los roles de las mujeres y las realidades de la vida cotidiana de las mujeres, enfrentando temas como el abuso, la violencia y la colonización.

A través de enfoques mujeristas y feministas, las teólogas desafían los sistemas opresivos y abogan por la justicia. Las teólogas asiáticas, en particular, han contribuido significativamente a estas reflexiones, ofreciendo perspectivas teológicas y bíblicas sobre liberación y diálogo interreligioso.

Si estás lista para profundizar en una exploración transformadora de la teología que confronta y desmantela las estructuras patriarcales y tradicionales centrados en occidente, estas siete teólogas asiáticas son una lectura esencial. Su trabajo teológico te provocará, desafiará e inspirará a repensar los límites teológicos tradicionales y adoptar una visión de la fe más justa e inclusiva.

Aquí las siete teólogas asiáticas cuyo trabajo debes leer:

1.     Kwok Pui-Lan (Hong Kong)

Kwok Pui-Lan, una figura destacada de la teología feminista y poscolonial asiática, es profesora de Teología Sistemática en la Escuela de Teología Candler. Tiene un doctorado de Harvard Divinity School y anteriormente ha enseñado en instituciones como Yale Divinity School y la Universidad China de Hong Kong.

La producción académica de Kwok avanza significativamente el discurso en la teología feminista y poscolonial, proporcionando perspectivas críticas que desafían los marcos teológicos tradicionales centrados en occidente. Su trabajo subraya la importancia de la teología contextual y el papel de las mujeres asiáticas en la remodelación de los estudios teológicos.

Libro: Introducción a la teología feminista asiática

Presenta los principios y metodologías de la teología feminista asiática. Entre sus obras notables se encuentran, Imaginación poscolonial y teología feminista y Las protestas de Hong Kong y teología política. Su investigación abarca la teología feminista, la teología poscolonial y la hermenéutica bíblica.

2.     Hisako Kinukawa (Japón)

Hisako Kinukawa es una teóloga japonesa con un Doctorado en Ministerio del Seminario Teológico de San Francisco. Enseña en la Universidad Cristiana Internacional, el Seminario Luterano y la Escuela de Graduados St. Paul. Kinukawa codirige el Centro de Teología y Ministerio Feminista en Japón.

Kinukawa ofrece una perspectiva única que combina la erudición bíblica con el pensamiento feminista contemporáneo, ofreciendo nuevas ideas sobre el papel y la representación de las mujeres en los textos bíblicos. Su trabajo es importante para cerrar brechas culturales e históricas y enriquecer la comprensión de las Escrituras desde un punto de vista feminista no occidental.

Libro: Las mujeres y Jesús en Marcos: una perspectiva feminista japonesa

Explora los encuentros entre las mujeres y Jesús en el Evangelio de Marcos, examinando estas interacciones a través del lente del cristianismo japonés contemporáneo. Este trabajo destaca los importantes riesgos que asumieron las mujeres que se acercaron a Jesús en una sociedad patriarcal y profundiza en cómo las respuestas de Jesús a estas mujeres reflejan la esencia liberadora del evangelio.

3.     Aruná Gnanadason (India)

Aruná Gnanadason tiene un doctorado en teología feminista y una maestría en literatura inglesa. De 1991 a 2009 dirigió el programa global sobre Mujeres en la Iglesia y la Sociedad para el Consejo Mundial de Iglesias en Ginebra y coordinó su programa “Justicia, Paz y Creación”. Participa activamente en el Movimiento de Mujeres Cristianas de la India y es la coordinadora nacional. Aruná destaca las intersecciones del patriarcado, las castas y el capitalismo global. Ella aboga por un cambio sistémico dentro de las estructuras de la iglesia y la sociedad. Su liderazgo y contribuciones académicas fomentan un discurso teológico más inclusivo y justo.

Libro: Con coraje y compasión: las mujeres y el movimiento ecuménico

En este libro Aruná  celebra las contribuciones de las mujeres en diversas esferas, incluida la iglesia y los movimientos ecuménicos. Aborda los persistentes desafíos y la violencia hacia las mujeres, pidiendo una visión teológica transformadora y una imaginación política para combatir la injusticia dentro del movimiento ecuménico.

4.     Chung Hyun Kyung (Corea del Sur)

Chung Hyun Kyung es una teóloga cristiana de Corea del Sur y es teóloga laica de la Iglesia Presbiteriana de Corea. Es profesora asociada de Teología Ecuménica en el Union Theological Seminary en Estados Unidos. Sus intereses incluyen las teologías feministas y ecofeministas, el diálogo interreligioso y la intersección de la enfermedad y la curación con la espiritualidad.

El trabajo de Chung se distingue por su innovadora integración de diversas tradiciones espirituales y sociales. Es conocida por su discurso en el Consejo Mundial de Iglesias en 1991, donde introdujo el concepto de “salim” (dar vida a las cosas) como base de su teología ecofeminista. Su enfoque interdisciplinario fomenta un diálogo dinámico entre el cristianismo y otras tradiciones religiosas, particularmente el budismo.

Libro: Lucha por volver a ser el sol: Introducción a la teología de las mujeres asiáticas

Se trata deun texto fundamental sobre la teología de las mujeres asiáticas. Refleja la síntesis que hace Chung de los movimientos populares globales, las tradiciones espirituales asiáticas y el análisis académico.

5.     Mary John Mananzan (Filipinas)

Sor Mary John Mananzan es una monja benedictina misionera de Filipinas, teóloga, autora y activista. Ha desempeñado varios cargos de liderazgo, incluido el de presidenta del St. Scholastica’s College y presidenta nacional de la Asociación de Superiores Religiosos Mayores de Filipinas. Cofundó GABRIELA, una federación de organizaciones de mujeres en Filipinas.

Sor Mary ha sido una formidable defensora de los derechos de las mujeres y la justicia social, integrando sus conocimientos teológicos con el activismo de base. Su liderazgo en movimientos contra la tiranía y la liberación de la mujer ha tenido un impacto significativo en la iglesia y la sociedad. El trabajo de Sor Mary incluye el desarrollo de una teología feminista asiática de la liberación, centrándose en las intersecciones de religión, género y justicia social.

Libro: Mujeres resistiendo la violencia: espiritualidad para la vida

Sor Mary es una de las seis editoras de esta colección de ensayos, que comprende la voz de mujeres teólogas que escriben sobre temas que impactan las vidas de las mujeres en la sociedad y en la iglesia, abogando y exigiendo justicia para las mujeres que sufren diferentes formas de violencia: violencia económica, militar, cultural, ecológica, psicológica y física.

6.     Rita Nakashima Brock (Japón)

Rita Nakashima Brock es una académica, teóloga y activista japonesa y estadounidense. Obtuvo su doctorado en Filosofía de la Religión y Teología de la Claremont Graduate University en California. Brock es la vicepresidenta senior de Volunteers of America y ministra comisionada de Discípulos de Cristo. Su trabajo sobre daño moral y teología feminista ha sido influyente en entornos académicos y prácticos. Sus contribuciones a la comprensión del impacto de la guerra en la salud mental de los soldados y su defensa de la justicia de género han logrado avances significativos en las discusiones teológicas y éticas contemporáneas.

Libro: Casting Stones: Prostitución y liberación en Asia y Estados Unidos

Con este libro Nakashima ganó el Premio de la Prensa Católica en Estudios de Género. Fue el primer trabajo en teología feminista que abordó el tema del trabajo sexual y la justicia. Co-autora con Susan Brooks Thistlethwaite.

7.     Grace Ji-Sun Kim (Corea del Sur)

Grace Ji-Sun Kim nació en Corea y se educó en Canadá, donde obtuvo su doctorado de la Universidad de Toronto. Es ministra ordenada en la Iglesia Presbiteriana (EE.UU.) y actualmente enseña teología en Earlham School of Religion.

Kim presenta el podcast Madang, que aborda conversaciones sobre cristianismo, religión y cultura. El Siglo Cristiano lo acoge. Además, es co-editora de la serie Palgrave Macmillan, “El cristianismo asiático en la diáspora“.

Libro: Cuando Dios se hizo blanco: Desmantelando la blancura para un cristianismo más justo

Kim examina las implicaciones históricas y teológicas de la descripción de Jesús y Dios como hombres blancos. El cristianismo, que tiene sus raíces en el antiguo oriente entre personas de piel más oscura, fue reinventado por los cristianos europeos que representaron a Jesús con piel clara, similar a los gobernantes imperiales. Kim explora cómo esta representación facilitó una postura colonialista dentro del cristianismo y sus dañinos impactos globales. Ella aboga por recuperar la realidad bíblica de un Dios no blanco ni de género y, según Kim, redescubrir a Dios como Espíritu conduce a una fe, una iglesia y un mundo más justos.

Las teólogas asiáticas han influido profundamente tanto en la teología asiática como decolonial. Sus trabajos desafían los marcos teológicos tradicionales y abogan por la justicia, la inclusión y el reconocimiento de diversas perspectivas culturales. Al abordar cuestiones como el patriarcado, el colonialismo y el racismo, estas teólogas pretenden desmantelar las estructuras opresivas dentro de las instituciones religiosas y la sociedad en general.

Las contribuciones colectivas de estas teólogas continúan inspirando y dando forma al trabajo teológico asiático. Ofrecen perspectivas críticas que desafían el status quo y allanan el camino para una teología más inclusiva y justa. Su legado es evidente en los diálogos continuos y las prácticas transformadoras dentro de los contextos académicos, eclesiales y sociales, fomentando una teología profundamente en sintonía con las voces y experiencias de las comunidades marginadas.

__________

Yenny Delgado

Psicóloga y teóloga peruana. Es candidata doctoral en Psicología de la Religión en la Universidad de Lausana. Es  convocante de Mujeres Haciendo Teología en Abya Yala y directora de Publica Theology. Yenny desempeña un papel fundamental en el fomento de diálogos que amplifican las voces de las mujeres y promueven la reflexión teológica desde las perspectivas mujerista y feminista decolonial.